Aqui está um facto surpreendente: 565 bancos nos EUA faliram desde 2000 — aproximadamente 25 por ano, em média. No entanto, quando o Silicon Valley Bank faliu em março de 2023, parecia que o céu estava a desabar. Por quê? Porque o tamanho importa.
A Matemática Não Mente
O SVB não foi apenas mais uma vítima bancária regional. Detinha $209 bilhões em ativos — tornando-se cerca de 2000x maior do que o último banco falido antes dele, o (Banco Estadual de Almena, no Kansas, com $69 milhões). O Signature Bank, que colapsou apenas dois dias depois, tinha $110 bilhões. Para contexto, mesmo em 2010, quando 157 bancos faliram num único ano, os seus ativos combinados eram menos da metade dos ativos do SVB.
Isto é o essencial: Falências bancárias são comuns. Falências de mega-bancos não são.
Quando é que os bancos realmente falham?
A Grande Recessão destruiu completamente o sistema. De 2008 a 2012, uma média de 93 bancos faliram anualmente — representando 82% de todas as falências desde 2000. O pico? 2010, com 157 falências num só ano. Em contraste, 2021 e 2022 não tiveram nenhuma falência. Uma mudança enorme.
A queda do SVB interrompeu uma sequência de 867 dias sem qualquer falência bancária — a segunda mais longa desde 1933. A maior anterior? Quase três anos, de junho de 2004 a fevereiro de 2007, pouco antes do colapso do mercado.
A geografia do colapso
Nem todas as regiões apresentam perdas iguais. Califórnia, Flórida, Geórgia e Illinois representam a grande maioria das falências. A Geórgia e a Flórida sozinhas tiveram 30% de todas as falências bancárias nos EUA desde 2000, devido à crise imobiliária de 2008. Curiosamente, Nova Iorque (onde o Signature Bank tinha sede), registou apenas 6 falências desde 2000 — apesar de ser o centro bancário do país.
Mais uma coisa: o Efeito Sexta-feira
95% das falências bancárias acontecem às sextas-feiras. A FDIC espera estrategicamente até ao final da semana para que os reguladores tenham um fim de semana completo para liquidar contas, vender ativos e evitar pânico antes de segunda-feira. É um controlo de danos programado.
O Signature Bank quebrou o padrão, falhando num domingo — o único desde 2000. Por quê? O colapso do SVB provocou uma corrida imediata aos depósitos do Signature, obrigando os reguladores a agir rapidamente para evitar um efeito dominó em todo o setor bancário.
A conclusão
Falências bancárias? Rotineiras. Falências de bancos com centenas de bilhões de dólares? Extremamente raras. É por isso que 2023 assustou toda a gente — não porque dois bancos tenham falido, mas porque dois gigantes faliram consecutivamente, após mais de dois anos de estabilidade.
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Porque o colapso do SVB surpreendeu a todos (Mas talvez não devesse ter surpreendido@E0
Aqui está um facto surpreendente: 565 bancos nos EUA faliram desde 2000 — aproximadamente 25 por ano, em média. No entanto, quando o Silicon Valley Bank faliu em março de 2023, parecia que o céu estava a desabar. Por quê? Porque o tamanho importa.
A Matemática Não Mente
O SVB não foi apenas mais uma vítima bancária regional. Detinha $209 bilhões em ativos — tornando-se cerca de 2000x maior do que o último banco falido antes dele, o (Banco Estadual de Almena, no Kansas, com $69 milhões). O Signature Bank, que colapsou apenas dois dias depois, tinha $110 bilhões. Para contexto, mesmo em 2010, quando 157 bancos faliram num único ano, os seus ativos combinados eram menos da metade dos ativos do SVB.
Isto é o essencial: Falências bancárias são comuns. Falências de mega-bancos não são.
Quando é que os bancos realmente falham?
A Grande Recessão destruiu completamente o sistema. De 2008 a 2012, uma média de 93 bancos faliram anualmente — representando 82% de todas as falências desde 2000. O pico? 2010, com 157 falências num só ano. Em contraste, 2021 e 2022 não tiveram nenhuma falência. Uma mudança enorme.
A queda do SVB interrompeu uma sequência de 867 dias sem qualquer falência bancária — a segunda mais longa desde 1933. A maior anterior? Quase três anos, de junho de 2004 a fevereiro de 2007, pouco antes do colapso do mercado.
A geografia do colapso
Nem todas as regiões apresentam perdas iguais. Califórnia, Flórida, Geórgia e Illinois representam a grande maioria das falências. A Geórgia e a Flórida sozinhas tiveram 30% de todas as falências bancárias nos EUA desde 2000, devido à crise imobiliária de 2008. Curiosamente, Nova Iorque (onde o Signature Bank tinha sede), registou apenas 6 falências desde 2000 — apesar de ser o centro bancário do país.
Mais uma coisa: o Efeito Sexta-feira
95% das falências bancárias acontecem às sextas-feiras. A FDIC espera estrategicamente até ao final da semana para que os reguladores tenham um fim de semana completo para liquidar contas, vender ativos e evitar pânico antes de segunda-feira. É um controlo de danos programado.
O Signature Bank quebrou o padrão, falhando num domingo — o único desde 2000. Por quê? O colapso do SVB provocou uma corrida imediata aos depósitos do Signature, obrigando os reguladores a agir rapidamente para evitar um efeito dominó em todo o setor bancário.
A conclusão
Falências bancárias? Rotineiras. Falências de bancos com centenas de bilhões de dólares? Extremamente raras. É por isso que 2023 assustou toda a gente — não porque dois bancos tenham falido, mas porque dois gigantes faliram consecutivamente, após mais de dois anos de estabilidade.