O BTC já ultrapassou a duração das duas anteriores grandes fases históricas, mas será que isso significa mesmo o fim do ciclo?
O ciclo atual, contado a partir do fundo do mercado bear, já superou os 1.059 dias do ciclo de 2018-2022. Se tomarmos a média das duas últimas fases completas, o BTC já está acima da média histórica e não está longe da duração do ciclo de 2017. Parece que o ciclo dos quatro anos acabou? Não necessariamente.
O efeito do halving está a enfraquecer, mas o ciclo não morreu
Tradicionalmente, o ciclo do BTC é impulsionado pelo halving—redução da recompensa dos blocos = choque de oferta = subida explosiva. Esta lógica funcionou bem nas fases anteriores, mas desta vez é diferente.
Após o halving mais recente, o BTC não disparou, mas sim lateralizou durante cinco meses. Mesmo o aumento posterior foi menos agressivo. Porquê? A oferta em circulação já está próxima de 95% do limite máximo de 21 milhões e diariamente os mineradores produzem apenas 450 novas moedas, algo irrelevante para as instituições e ETFs com grandes recursos. Ou seja, o halving pode já não ser o principal motor.
O verdadeiro motor: liquidez global
Comparando a oferta global de moeda M2 com a variação anual do BTC, vê-se um padrão claro—cada fundo do BTC coincide com um ponto baixo da liquidez M2. Não é coincidência.
Descoberta chave: a data do halving costuma ocorrer depois do ponto de viragem do ciclo de liquidez. Isto mostra que a expansão da liquidez é o verdadeiro gatilho para as subidas e descidas do BTC. Não é só o BTC: o ouro segue o mesmo padrão há décadas.
A força do dólar dita a direção do BTC
O BTC e o índice do dólar (DXY) têm uma correlação inversa quase perfeita em termos anuais: valorização do dólar → bear market do BTC; desvalorização do dólar → nova subida do BTC. Isto reflete o ciclo de desvalorização das moedas fiat—quando o poder de compra das moedas baixa, os ativos duros (BTC, ouro, ações) tendem a valorizar rapidamente.
Atualmente, o DXY está numa tendência de subida no curto prazo e o BTC consolida. No entanto, o DXY aproxima-se de uma resistência histórica importante. Se este nível for ultrapassado, a força do dólar pode inverter, e o BTC terá espaço para retomar a subida.
E se a Fed parar o quantitative tightening?
O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, sugeriu recentemente que a era de redução do balanço (quantitative tightening) pode estar a terminar. Os dados históricos mostram que os momentos em que a Fed começa a expandir o balanço e adota políticas expansionistas coincidem com subidas acentuadas do BTC e do mercado acionista.
Nos dois anos após a expansão do balanço da Fed, o S&P 500 sobe em média 47%, mais de cinco vezes o ganho de períodos estáveis. Se entrarmos num novo ciclo expansionista, o BTC não só poderá continuar a subida, como também desencadear uma euforia de liquidez entre vários ativos.
Conclusão: o ciclo não morreu, apenas evoluiu
O BTC excedeu de facto a duração dos dois ciclos anteriores, mas isto não é o fim do ciclo—é a evolução do motor do ciclo, que passou da escassez para a liquidez macroeconómica.
Enquanto o dólar enfraquecer, a Fed fizer pausa no tightening e o crescimento global do M2 acelerar, o BTC terá espaço para subir. No fim de contas, mais importante do que prever é acompanhar os dados reais—focar-se na liquidez, na direção do dólar e nas políticas dos bancos centrais. Isto é mais fiável do que qualquer padrão técnico.
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O ciclo de quatro anos do BTC perdeu realmente a sua validade? Os dados on-chain dão-lhe a resposta
O BTC já ultrapassou a duração das duas anteriores grandes fases históricas, mas será que isso significa mesmo o fim do ciclo?
O ciclo atual, contado a partir do fundo do mercado bear, já superou os 1.059 dias do ciclo de 2018-2022. Se tomarmos a média das duas últimas fases completas, o BTC já está acima da média histórica e não está longe da duração do ciclo de 2017. Parece que o ciclo dos quatro anos acabou? Não necessariamente.
O efeito do halving está a enfraquecer, mas o ciclo não morreu
Tradicionalmente, o ciclo do BTC é impulsionado pelo halving—redução da recompensa dos blocos = choque de oferta = subida explosiva. Esta lógica funcionou bem nas fases anteriores, mas desta vez é diferente.
Após o halving mais recente, o BTC não disparou, mas sim lateralizou durante cinco meses. Mesmo o aumento posterior foi menos agressivo. Porquê? A oferta em circulação já está próxima de 95% do limite máximo de 21 milhões e diariamente os mineradores produzem apenas 450 novas moedas, algo irrelevante para as instituições e ETFs com grandes recursos. Ou seja, o halving pode já não ser o principal motor.
O verdadeiro motor: liquidez global
Comparando a oferta global de moeda M2 com a variação anual do BTC, vê-se um padrão claro—cada fundo do BTC coincide com um ponto baixo da liquidez M2. Não é coincidência.
Descoberta chave: a data do halving costuma ocorrer depois do ponto de viragem do ciclo de liquidez. Isto mostra que a expansão da liquidez é o verdadeiro gatilho para as subidas e descidas do BTC. Não é só o BTC: o ouro segue o mesmo padrão há décadas.
A força do dólar dita a direção do BTC
O BTC e o índice do dólar (DXY) têm uma correlação inversa quase perfeita em termos anuais: valorização do dólar → bear market do BTC; desvalorização do dólar → nova subida do BTC. Isto reflete o ciclo de desvalorização das moedas fiat—quando o poder de compra das moedas baixa, os ativos duros (BTC, ouro, ações) tendem a valorizar rapidamente.
Atualmente, o DXY está numa tendência de subida no curto prazo e o BTC consolida. No entanto, o DXY aproxima-se de uma resistência histórica importante. Se este nível for ultrapassado, a força do dólar pode inverter, e o BTC terá espaço para retomar a subida.
E se a Fed parar o quantitative tightening?
O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, sugeriu recentemente que a era de redução do balanço (quantitative tightening) pode estar a terminar. Os dados históricos mostram que os momentos em que a Fed começa a expandir o balanço e adota políticas expansionistas coincidem com subidas acentuadas do BTC e do mercado acionista.
Nos dois anos após a expansão do balanço da Fed, o S&P 500 sobe em média 47%, mais de cinco vezes o ganho de períodos estáveis. Se entrarmos num novo ciclo expansionista, o BTC não só poderá continuar a subida, como também desencadear uma euforia de liquidez entre vários ativos.
Conclusão: o ciclo não morreu, apenas evoluiu
O BTC excedeu de facto a duração dos dois ciclos anteriores, mas isto não é o fim do ciclo—é a evolução do motor do ciclo, que passou da escassez para a liquidez macroeconómica.
Enquanto o dólar enfraquecer, a Fed fizer pausa no tightening e o crescimento global do M2 acelerar, o BTC terá espaço para subir. No fim de contas, mais importante do que prever é acompanhar os dados reais—focar-se na liquidez, na direção do dólar e nas políticas dos bancos centrais. Isto é mais fiável do que qualquer padrão técnico.