A importância de ler as demonstrações financeiras e por que é fundamental compreender os ativos
Ao avaliar a solidez de uma empresa na qual se pretende investir, a leitura das demonstrações financeiras torna-se uma habilidade essencial que não pode ser evitada. No entanto, as demonstrações financeiras estão repletas de números que podem confundir muitos investidores, especialmente na parte relacionada aos ativos, que são divididos em várias categorias.
Uma das partes que costuma receber atenção especial é o ativo circulante, pois esse número indica a capacidade da organização de sobreviver diante de dificuldades financeiras.
Estude com a Apple a importância do ativo circulante
A Apple (APPL) é reconhecida por ter o valor de mercado mais alto nos Estados Unidos. Mas o que é ainda mais interessante é a alta liquidez que possui. Em 2020, durante a pandemia, o CEO Tim Cook afirmou que a liquidez não era um problema para a empresa. Essa mensagem reflete que a Apple possui uma quantidade enorme de ativos circulantes.
De acordo com os números reais ao final de 2019, a Apple tinha um total de ativos circulantes de 162.819 milhões de dólares, além de uma soma de dinheiro em caixa e equivalentes de caixa de 59 milhões de dólares. Esses números mostram que a empresa possui muitos recursos disponíveis.
No entanto, em comparação com 2020, a estrutura dos ativos mudou. O dinheiro em caixa e equivalentes (Cash & Cash Equivalents) caiu de 90 milhões de dólares para apenas 48 milhões (queda de 46%), enquanto as contas a receber (Receivable) aumentaram de 37 milhões para 60 milhões de dólares, um aumento de 62,7% (aumento de 62,7%). Esse evento pode indicar uma mudança na política de cobrança ou na capacidade de crédito da empresa.
Por que separar os ativos em duas categorias
Os ativos apresentados no balanço patrimonial são divididos em duas categorias principais. A diferença está na rapidez com que podem ser convertidos em dinheiro.
Ativos circulantes podem ser convertidos em dinheiro dentro de um ano, enquanto ativos não circulantes são bens que a empresa possui há mais de um ano e que não podem ser facilmente convertidos em dinheiro, como terrenos, edifícios e máquinas.
Essa separação ajuda os investidores a avaliarem melhor a capacidade da empresa de lidar com emergências.
O que compõe os ativos circulantes
Ao detalhar os ativos circulantes, encontramos as seguintes categorias:
Dinheiro em caixa (Cash): o ativo mais líquido, pode ser usado para pagar dívidas imediatamente. No entanto, manter muito dinheiro em caixa não gera retorno.
Equivalentes de caixa (Cash Equivalents): próximos ao dinheiro em caixa, com risco mínimo de fatores bancários, mas oferecem juros.
Investimentos de curto prazo (Short-term Investment): planos de venda dentro de um ano, como ações, ouro e títulos. Esses investimentos têm risco, mas podem gerar retorno.
Notas a receber (Notes Receivable): contratos de recebimento de curto prazo, como empréstimos ou contratos de compra e venda, com risco de inadimplência.
Contas a receber (Receivable): valores devidos por clientes. Em tempos de crise, pode não ser possível cobrar esses valores na data prevista.
Inventário (Inventory): matérias-primas e produtos acabados aguardando venda. Essa é uma área de atenção, pois produtos antigos não vendidos podem se tornar custos mortos para a empresa.
Materiais e suprimentos de escritório (Supplies): materiais de consumo diversos, geralmente em quantidade pequena.
Receitas a receber e despesas antecipadas (Accrued Revenue & Prepaid Expenses): receitas garantidas de recebimento e despesas pagas antecipadamente para obter benefícios futuros.
O que os investidores devem observar ao analisar ativos circulantes
Ao abrir o balanço, os ativos circulantes aparecem como a primeira linha. Números elevados indicam boa liquidez de curto prazo da empresa.
Por outro lado, a qualidade desses ativos é fundamental. Dinheiro em caixa e equivalentes de caixa podem ser convertidos em liquidez facilmente, mas contas a receber ou inventário apresentam riscos. Em uma crise, como a pandemia de COVID-19, a empresa pode não conseguir vender seus produtos ou cobrar seus clientes.
Portanto, ativos circulantes de alta qualidade incluem dinheiro em caixa, depósitos e notas a receber. Os ativos não circulantes também são importantes na avaliação da saúde financeira da empresa.
Como avaliar os ativos circulantes de uma empresa
Além de observar os números totais, os investidores devem aprofundar-se nos componentes, como:
Desde o ano passado, o dinheiro em caixa aumentou ou diminuiu?
As contas a receber estão crescendo? (pode indicar vendas fracas)
Como mudou o inventário?
Observar essas tendências ajuda a formar uma visão mais clara.
Resumo sobre ativos circulantes
Os ativos circulantes são indicadores importantes da liquidez de curto prazo e da capacidade de enfrentar crises. Números elevados indicam que a empresa possui muitas “folhas de pagamento”, mas a qualidade desses ativos é igualmente importante.
Investidores devem analisar não apenas os números totais, mas também a composição dos ativos circulantes, como dinheiro em caixa, contas a receber e inventário, e como esses ativos podem ser convertidos em dinheiro em tempos de crise. Essas informações são essenciais para tomar decisões de investimento confiantes.
Ver original
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
Como saber se uma empresa vai sobreviver à crise financeira? Vamos analisar esta parte das demonstrações financeiras.
A importância de ler as demonstrações financeiras e por que é fundamental compreender os ativos
Ao avaliar a solidez de uma empresa na qual se pretende investir, a leitura das demonstrações financeiras torna-se uma habilidade essencial que não pode ser evitada. No entanto, as demonstrações financeiras estão repletas de números que podem confundir muitos investidores, especialmente na parte relacionada aos ativos, que são divididos em várias categorias.
Uma das partes que costuma receber atenção especial é o ativo circulante, pois esse número indica a capacidade da organização de sobreviver diante de dificuldades financeiras.
Estude com a Apple a importância do ativo circulante
A Apple (APPL) é reconhecida por ter o valor de mercado mais alto nos Estados Unidos. Mas o que é ainda mais interessante é a alta liquidez que possui. Em 2020, durante a pandemia, o CEO Tim Cook afirmou que a liquidez não era um problema para a empresa. Essa mensagem reflete que a Apple possui uma quantidade enorme de ativos circulantes.
De acordo com os números reais ao final de 2019, a Apple tinha um total de ativos circulantes de 162.819 milhões de dólares, além de uma soma de dinheiro em caixa e equivalentes de caixa de 59 milhões de dólares. Esses números mostram que a empresa possui muitos recursos disponíveis.
No entanto, em comparação com 2020, a estrutura dos ativos mudou. O dinheiro em caixa e equivalentes (Cash & Cash Equivalents) caiu de 90 milhões de dólares para apenas 48 milhões (queda de 46%), enquanto as contas a receber (Receivable) aumentaram de 37 milhões para 60 milhões de dólares, um aumento de 62,7% (aumento de 62,7%). Esse evento pode indicar uma mudança na política de cobrança ou na capacidade de crédito da empresa.
Por que separar os ativos em duas categorias
Os ativos apresentados no balanço patrimonial são divididos em duas categorias principais. A diferença está na rapidez com que podem ser convertidos em dinheiro.
Ativos circulantes podem ser convertidos em dinheiro dentro de um ano, enquanto ativos não circulantes são bens que a empresa possui há mais de um ano e que não podem ser facilmente convertidos em dinheiro, como terrenos, edifícios e máquinas.
Essa separação ajuda os investidores a avaliarem melhor a capacidade da empresa de lidar com emergências.
O que compõe os ativos circulantes
Ao detalhar os ativos circulantes, encontramos as seguintes categorias:
Dinheiro em caixa (Cash): o ativo mais líquido, pode ser usado para pagar dívidas imediatamente. No entanto, manter muito dinheiro em caixa não gera retorno.
Equivalentes de caixa (Cash Equivalents): próximos ao dinheiro em caixa, com risco mínimo de fatores bancários, mas oferecem juros.
Investimentos de curto prazo (Short-term Investment): planos de venda dentro de um ano, como ações, ouro e títulos. Esses investimentos têm risco, mas podem gerar retorno.
Notas a receber (Notes Receivable): contratos de recebimento de curto prazo, como empréstimos ou contratos de compra e venda, com risco de inadimplência.
Contas a receber (Receivable): valores devidos por clientes. Em tempos de crise, pode não ser possível cobrar esses valores na data prevista.
Inventário (Inventory): matérias-primas e produtos acabados aguardando venda. Essa é uma área de atenção, pois produtos antigos não vendidos podem se tornar custos mortos para a empresa.
Materiais e suprimentos de escritório (Supplies): materiais de consumo diversos, geralmente em quantidade pequena.
Receitas a receber e despesas antecipadas (Accrued Revenue & Prepaid Expenses): receitas garantidas de recebimento e despesas pagas antecipadamente para obter benefícios futuros.
O que os investidores devem observar ao analisar ativos circulantes
Ao abrir o balanço, os ativos circulantes aparecem como a primeira linha. Números elevados indicam boa liquidez de curto prazo da empresa.
Por outro lado, a qualidade desses ativos é fundamental. Dinheiro em caixa e equivalentes de caixa podem ser convertidos em liquidez facilmente, mas contas a receber ou inventário apresentam riscos. Em uma crise, como a pandemia de COVID-19, a empresa pode não conseguir vender seus produtos ou cobrar seus clientes.
Portanto, ativos circulantes de alta qualidade incluem dinheiro em caixa, depósitos e notas a receber. Os ativos não circulantes também são importantes na avaliação da saúde financeira da empresa.
Como avaliar os ativos circulantes de uma empresa
Além de observar os números totais, os investidores devem aprofundar-se nos componentes, como:
Observar essas tendências ajuda a formar uma visão mais clara.
Resumo sobre ativos circulantes
Os ativos circulantes são indicadores importantes da liquidez de curto prazo e da capacidade de enfrentar crises. Números elevados indicam que a empresa possui muitas “folhas de pagamento”, mas a qualidade desses ativos é igualmente importante.
Investidores devem analisar não apenas os números totais, mas também a composição dos ativos circulantes, como dinheiro em caixa, contas a receber e inventário, e como esses ativos podem ser convertidos em dinheiro em tempos de crise. Essas informações são essenciais para tomar decisões de investimento confiantes.