As ações só dão lucro se comprares barato e venderes caro? Então estás fora de jogo. Quando o preço das ações cai e a volatilidade aumenta, investidores inteligentes já estão a usar as opções como uma ferramenta poderosa para fazer operações contrárias e ganhar dinheiro.
Opções (também chamadas de opções de compra e venda, em inglês Options), na essência, são contratos que te dão o direito — atenção, não a obrigação — de comprar ou vender um ativo a um preço acordado numa data futura. Podes optar por exercer ou abandonar o contrato. O ativo subjacente pode ser ações, moedas, índices, commodities ou até contratos futuros.
Por que usar opções para investir? Existem três razões principais:
Controlar grandes ativos com pouco dinheiro. Basta pagar uma pequena quantia de garantia (prêmio), e podes controlar um volume de ativos muito maior, com um efeito de alavancagem evidente.
Lucrar em mercados de alta e de baixa. Comprar Calls para subir, Puts para descer, ou vender opções de venda em sideways… Independentemente de como o mercado se move, há sempre uma estratégia de opções adequada.
Ferramenta de proteção contra riscos. Tens ações e receias uma queda? Compra uma opção de venda para fazer um seguro; quer fazer uma venda a descoberto e proteger-se? Compra uma opção de compra.
6 termos essenciais para negociar opções
Antes de começar a negociar, é importante conhecer os “seis pilares” das opções:
Call (Opção de compra) — O comprador tem o direito de comprar o ativo a um preço acordado.
Put (Opção de venda) — O comprador tem o direito de vender o ativo a um preço acordado.
Prêmio — O valor que o comprador paga ao vendedor, como uma apólice de seguro.
Preço de exercício (Strike) — O preço fixo no qual se pode comprar ou vender o ativo na expiração, que permanece constante.
Data de expiração — A data limite para exercer ou abandonar a opção; após essa data, ela expira.
Tamanho do contrato — Quantas ações cada contrato representa (nos EUA, padrão de 100 ações por contrato).
Como interpretar uma cotação de opção?
Para um iniciante, a maior dificuldade é entender uma série de números. Na verdade, uma cotação de opção tem 6 elementos principais:
Ativo subjacente — O que estás a negociar (exemplo: ações da TSLA).
Tipo de operação — Call (compra) ou Put (venda).
Preço de exercício — O preço ao qual podes comprar ou vender no futuro.
Data de expiração — Antes desta data, precisas decidir se exercita ou abandona.
Preço da opção — Quanto pagas para adquirir esse direito.
Multiplicador — Nos EUA, as opções padrão multiplicam por 100, então o preço de 0,01 USD equivale a 1 USD por contrato.
Exemplo: suponha que a ação TSLA está a 175 USD. Vês uma “opção de compra com preço de exercício de 180 USD, com expiração em junho”, cujo prêmio é de 6,93 USD. Isso significa que precisas pagar 693 USD (6,93×100) para adquirir esse direito, e no futuro podes comprar as ações a 180 USD.
Quatro estratégias básicas de negociação de opções
Existem 4 combinações principais de compra e venda de opções:
Comprar uma opção de compra (Buy Call) — Apostar na subida do preço da ação
Pagas por uma “vale de desconto para o futuro”, que te permite comprar ações a um preço fixo. Quanto mais a ação sobe, mais valiosa fica, pois podes comprar barato e vender caro.
Risco máximo: só perderás o prémio pago.
Potencial de lucro: teoricamente ilimitado, quanto mais a ação subir, mais lucros.
Comprar uma opção de venda (Buy Put) — Apostar na descida do preço da ação
Ao contrário, compras uma “vale de venda para o futuro”. Quanto mais a ação descer, maior o lucro, pois podes vender a um preço alto e recomprar a um preço baixo.
Risco máximo: igual ao prémio pago.
Potencial de lucro: só é total se a ação cair a zero.
Vender uma opção de compra (Sell Call) — Compromisso de vender ações no futuro
Recebes o prémio antecipadamente, mas comprometes-te a vender as ações ao preço acordado no futuro.
Renda: obténs imediatamente o prémio.
Risco: se a ação subir muito, as perdas podem ser ilimitadas (especialmente se não tiveres ações em carteira).
Vender uma opção de venda (Sell Put) — Compromisso de comprar ações no futuro
Recebes o prémio antecipadamente, mas comprometes-te a comprar as ações ao preço acordado. Se a ação cair muito, as perdas podem ser severas.
Por exemplo, vendes uma opção de venda com preço de exercício de 160 USD, recebendo 361 USD de prémio. Se a ação cair a zero, terás que perder 15.639 USD para cobrir (160 USD×100 ações – 361 USD).
Insight importante: vender opções e receber prémios parece atraente, mas o risco é muito maior do que comprar opções. É o clássico “ganhar um doce, perder a fábrica”.
Como controlar os riscos na negociação de opções?
A gestão de risco em opções resume-se a quatro dicas:
Primeira dica: evitar posições líquidas curtas
Não vendas muitas opções. Se a tua estratégia tiver mais contratos vendidos do que comprados, estás numa posição de “curto líquido”, com risco elevado. A forma mais segura é garantir que o número de contratos comprados seja maior ou igual ao de vendidos, assim o máximo de prejuízo é previsível.
Segunda dica: controlar o tamanho da aposta
Não apostes toda a tua fortuna numa única opção. As opções podem multiplicar ganhos, mas também perdas. Se a estratégia exige pagar prémios, prepara-te para a possibilidade de perder tudo.
Terceira dica: diversificar
Não coloques todo o teu capital numa única ação ou índice. Constrói uma carteira diversificada para reduzir riscos específicos.
Quarta dica: estabelecer limites de perda
Para estratégias com posições curtas, especialmente, é fundamental definir limites de perda, pois as perdas podem ser ilimitadas. Para posições longas ou neutras, onde o prejuízo máximo já está definido, o stop loss é menos necessário.
Opções vs Futuros vs Contratos por Diferença, qual escolher?
Cada ferramenta tem as suas características, dependendo do teu estilo de trading:
Característica
Opções
Futuros
Contratos por Diferença (CFD)
Conceito central
Comprar o direito de futuro
Fixar preço futuro
Lucrar com a diferença de preço
Direito e obrigação
O comprador tem direito, não obrigação
Ambas as partes obrigadas a cumprir
O vendedor assume risco de variação
Alavancagem
Moderada (20-100x)
Baixa (10-20x)
Alta (até 200x)
Data de expiração
Sim
Sim
Não
Valor inicial
Pequeno (alguns centenas de dólares)
Grande (milhares de dólares)
Pequeno (alguns dezenas de dólares)
Cenários ideais
Hedge preciso, previsão forte
Tendências de médio prazo
Operações de curto prazo, rápidas
Sugestão: para hedge preciso, usa-se opções; para lucros rápidos em mercados voláteis, CFDs ou futuros podem ser mais eficazes.
Resumo
As opções são as ferramentas derivadas mais flexíveis, pois podem responder a várias condições de mercado. Com um investimento relativamente pequeno, podes alavancar grandes somas, aproveitando mercados de alta, baixa ou lateralidade — por isso, as opções são tão atraentes.
Mas não há almoço grátis: negociar opções exige capital suficiente, experiência, compreensão de precificação e aprovação do corretor. Se não gerires bem o risco, até a melhor ferramenta pode levar-te à falência.
Independentemente da ferramenta escolhida, lembra-te de uma coisa: a ferramenta só tem valor se a tua análise estiver correta. Investiga bem, sabe o que estás a fazer, essa é a lição fundamental para vencer.
Ver original
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
O que exatamente são opções? Um artigo que te explica esta ferramenta de investimento mais flexível
Por que as opções estão tão populares?
As ações só dão lucro se comprares barato e venderes caro? Então estás fora de jogo. Quando o preço das ações cai e a volatilidade aumenta, investidores inteligentes já estão a usar as opções como uma ferramenta poderosa para fazer operações contrárias e ganhar dinheiro.
Opções (também chamadas de opções de compra e venda, em inglês Options), na essência, são contratos que te dão o direito — atenção, não a obrigação — de comprar ou vender um ativo a um preço acordado numa data futura. Podes optar por exercer ou abandonar o contrato. O ativo subjacente pode ser ações, moedas, índices, commodities ou até contratos futuros.
Por que usar opções para investir? Existem três razões principais:
Controlar grandes ativos com pouco dinheiro. Basta pagar uma pequena quantia de garantia (prêmio), e podes controlar um volume de ativos muito maior, com um efeito de alavancagem evidente.
Lucrar em mercados de alta e de baixa. Comprar Calls para subir, Puts para descer, ou vender opções de venda em sideways… Independentemente de como o mercado se move, há sempre uma estratégia de opções adequada.
Ferramenta de proteção contra riscos. Tens ações e receias uma queda? Compra uma opção de venda para fazer um seguro; quer fazer uma venda a descoberto e proteger-se? Compra uma opção de compra.
6 termos essenciais para negociar opções
Antes de começar a negociar, é importante conhecer os “seis pilares” das opções:
Call (Opção de compra) — O comprador tem o direito de comprar o ativo a um preço acordado.
Put (Opção de venda) — O comprador tem o direito de vender o ativo a um preço acordado.
Prêmio — O valor que o comprador paga ao vendedor, como uma apólice de seguro.
Preço de exercício (Strike) — O preço fixo no qual se pode comprar ou vender o ativo na expiração, que permanece constante.
Data de expiração — A data limite para exercer ou abandonar a opção; após essa data, ela expira.
Tamanho do contrato — Quantas ações cada contrato representa (nos EUA, padrão de 100 ações por contrato).
Como interpretar uma cotação de opção?
Para um iniciante, a maior dificuldade é entender uma série de números. Na verdade, uma cotação de opção tem 6 elementos principais:
Ativo subjacente — O que estás a negociar (exemplo: ações da TSLA).
Tipo de operação — Call (compra) ou Put (venda).
Preço de exercício — O preço ao qual podes comprar ou vender no futuro.
Data de expiração — Antes desta data, precisas decidir se exercita ou abandona.
Preço da opção — Quanto pagas para adquirir esse direito.
Multiplicador — Nos EUA, as opções padrão multiplicam por 100, então o preço de 0,01 USD equivale a 1 USD por contrato.
Exemplo: suponha que a ação TSLA está a 175 USD. Vês uma “opção de compra com preço de exercício de 180 USD, com expiração em junho”, cujo prêmio é de 6,93 USD. Isso significa que precisas pagar 693 USD (6,93×100) para adquirir esse direito, e no futuro podes comprar as ações a 180 USD.
Quatro estratégias básicas de negociação de opções
Existem 4 combinações principais de compra e venda de opções:
Comprar uma opção de compra (Buy Call) — Apostar na subida do preço da ação
Pagas por uma “vale de desconto para o futuro”, que te permite comprar ações a um preço fixo. Quanto mais a ação sobe, mais valiosa fica, pois podes comprar barato e vender caro.
Risco máximo: só perderás o prémio pago.
Potencial de lucro: teoricamente ilimitado, quanto mais a ação subir, mais lucros.
Comprar uma opção de venda (Buy Put) — Apostar na descida do preço da ação
Ao contrário, compras uma “vale de venda para o futuro”. Quanto mais a ação descer, maior o lucro, pois podes vender a um preço alto e recomprar a um preço baixo.
Risco máximo: igual ao prémio pago.
Potencial de lucro: só é total se a ação cair a zero.
Vender uma opção de compra (Sell Call) — Compromisso de vender ações no futuro
Recebes o prémio antecipadamente, mas comprometes-te a vender as ações ao preço acordado no futuro.
Renda: obténs imediatamente o prémio.
Risco: se a ação subir muito, as perdas podem ser ilimitadas (especialmente se não tiveres ações em carteira).
Vender uma opção de venda (Sell Put) — Compromisso de comprar ações no futuro
Recebes o prémio antecipadamente, mas comprometes-te a comprar as ações ao preço acordado. Se a ação cair muito, as perdas podem ser severas.
Por exemplo, vendes uma opção de venda com preço de exercício de 160 USD, recebendo 361 USD de prémio. Se a ação cair a zero, terás que perder 15.639 USD para cobrir (160 USD×100 ações – 361 USD).
Insight importante: vender opções e receber prémios parece atraente, mas o risco é muito maior do que comprar opções. É o clássico “ganhar um doce, perder a fábrica”.
Como controlar os riscos na negociação de opções?
A gestão de risco em opções resume-se a quatro dicas:
Primeira dica: evitar posições líquidas curtas
Não vendas muitas opções. Se a tua estratégia tiver mais contratos vendidos do que comprados, estás numa posição de “curto líquido”, com risco elevado. A forma mais segura é garantir que o número de contratos comprados seja maior ou igual ao de vendidos, assim o máximo de prejuízo é previsível.
Segunda dica: controlar o tamanho da aposta
Não apostes toda a tua fortuna numa única opção. As opções podem multiplicar ganhos, mas também perdas. Se a estratégia exige pagar prémios, prepara-te para a possibilidade de perder tudo.
Terceira dica: diversificar
Não coloques todo o teu capital numa única ação ou índice. Constrói uma carteira diversificada para reduzir riscos específicos.
Quarta dica: estabelecer limites de perda
Para estratégias com posições curtas, especialmente, é fundamental definir limites de perda, pois as perdas podem ser ilimitadas. Para posições longas ou neutras, onde o prejuízo máximo já está definido, o stop loss é menos necessário.
Opções vs Futuros vs Contratos por Diferença, qual escolher?
Cada ferramenta tem as suas características, dependendo do teu estilo de trading:
Sugestão: para hedge preciso, usa-se opções; para lucros rápidos em mercados voláteis, CFDs ou futuros podem ser mais eficazes.
Resumo
As opções são as ferramentas derivadas mais flexíveis, pois podem responder a várias condições de mercado. Com um investimento relativamente pequeno, podes alavancar grandes somas, aproveitando mercados de alta, baixa ou lateralidade — por isso, as opções são tão atraentes.
Mas não há almoço grátis: negociar opções exige capital suficiente, experiência, compreensão de precificação e aprovação do corretor. Se não gerires bem o risco, até a melhor ferramenta pode levar-te à falência.
Independentemente da ferramenta escolhida, lembra-te de uma coisa: a ferramenta só tem valor se a tua análise estiver correta. Investiga bem, sabe o que estás a fazer, essa é a lição fundamental para vencer.