Crypto desmorona: A maior queda em 24 horas deixa o mercado à beira do abismo

O dia 10 de outubro de 2025 ficará marcado na história como o dia em que o mercado cripto experimentou o seu pior pesadelo: $25 mil milhões evaporados em apenas 24 horas.

Para colocar isto em perspetiva, esta queda é 9 vezes maior do que o colapso de fevereiro de 2025 e 19 vezes superior ao colapso da FTX de há três anos. Não é apenas mais um colapso, é o colapso.

Os números que aterrorizam

O Bitcoin foi especialmente afetado: caiu de $122,574 para $104,782 ( uma queda de 14% ) antes de se recuperar timidamente para $115,718. O Ethereum também não se salvou, perdendo 12,2% no seu ponto mais baixo, atingindo $3,436.

Enquanto as baleias de Bitcoin e Ethereum tentavam se salvar, as altcoins foram massacradas: Doge despencou 62%, Avax 70%. O pânico foi tão intenso que mais de $19 mil milhões em posições alavancadas foram liquidadas.

Quem meteu a pata?

Tudo aponta para uma declaração tardia do presidente Trump a 10 de outubro: tarifas de 100% sobre importações chinesas mais insinuações sobre controles de exportação em software crítico. Os mercados odiaram a notícia. O risco geopolítico passou de 0 a 100 em segundos.

Como os traders reagem

Os dados de opções revelam que os grandes compradores estão apostando que o Bitcoin continue a cair: puts massivas nos $115,000 e $95,000 para o final de outubro. As chamadas altistas foram convertidas em puts baixistas. A sentença é clara: o curto prazo parece feio.

Mas aqui está o interessante: o fluxo de Bitcoin a nível institucional manteve-se firme. De acordo com o analista em cadeia Willy Woo, o capital não está a sair do sistema; está apenas a rodar desde altcoins para Bitcoin, tratando-o como o ativo “blue-chip” que é.

Há esperança?

Alguns analistas veem um lado positivo: o crash limpou o excesso de alavancagem e reiniciou o calibre de risco do mercado. O fim de semana trouxe algum alívio quando Trump suavizou o tom sobre a China (“tudo ficará bem”).

O problema: o Bitcoin precisa romper resistências chave para alcançar máximos históricos este ano. Com a volatilidade em mínimos históricos e a incerteza geopolítica à espreita, o caminho à frente é traiçoeiro.