Mais um dia, mais uma brecha em criptomoedas: 58 mil utilizadores afetados

Os danos: A Byte Federal, que opera mais de 1.200 caixas automáticos de Bitcoin nos EUA, acabou de confirmar uma violação de dados que afeta cerca de 58.000 clientes. Estamos a falar de nomes, endereços, números de Segurança Social, documentos de identificação governamentais, históricos de transações — basicamente tudo o que um hacker precisa para arruinar o seu dia.

A linha do tempo: A violação ocorreu a 30 de setembro. Descobriram a 18 de novembro. Ou seja, 49 dias de dados expostos à solta. O software de terceiros GitLab tinha uma vulnerabilidade que foi explorada. Uma história clássica.

O que fizeram: Reinicializaram todas as contas, atualizaram as passwords, corrigiram a vulnerabilidade do GitLab. Um procedimento padrão de controlo de danos.

Por que isto importa: Não é só sobre a Byte Federal. O ecossistema de criptomoedas está a sangrar. Algumas semanas atrás, alguém drenou 15,9 milhões de dólares da Coinbase explorando uma vulnerabilidade no sistema de comércio. Mesmo os players regulados não estão seguros.

A lacuna que ninguém está a falar: Ainda não há notícias se os utilizadores afetados vão receber proteção contra roubo de identidade. Isso é um sinal de alerta. A maioria das empresas oferece esse tipo de proteção após uma violação; a Byte Federal manteve-se em silêncio.

Verificação da realidade: Enquanto os serviços de criptomoedas dependerem de software de terceiros, eles só são tão seguros quanto o seu fornecedor mais fraco. O GitLab corrige as suas vulnerabilidades, mas quantas outras ainda estão escondidas na pilha? A indústria continua a construir mais rápido, mas a cibersegurança não acompanha o ritmo. Os utilizadores precisam de assumir que uma violação pode acontecer primeiro, confiar depois.