Os Números: A Visa acabou de divulgar lucros do terceiro trimestre que fizeram os analistas engolirem as suas palavras—$2,16 por ação contra consenso de $2,11, as receitas líquidas atingiram $8,1 mil milhões (subindo 12% ano a ano), ambos superando as expectativas. As margens operacionais permanecem apertadas, mas a história do volume de pagamentos é o verdadeiro destaque.
De onde veio o potencial de crescimento
Transações processadas atingiram 54 mil milhões, esmagando a estimativa de 51,3 mil milhões. Isso representa um aumento de 10% ano a ano, basicamente indicando que mais pessoas estão a usar cartões globalmente. Mas aqui está o ponto-chave: o volume de transações internacionais cresceu 17% ano a ano (22% excluindo transferências intra-Europeias), o que significa que as viagens internacionais estão a recuperar forte e os comerciantes estão a processar muito mais transações estrangeiras.
Receitas de processamento de dados de $4,1 mil milhões superaram as estimativas em $200 milhões—o pão e manteiga da Visa. As receitas de serviços também foram sólidas, atingindo $3,7 mil milhões, um aumento de 15% ano a ano. A receita de transações internacionais ($2,9 mil milhões) manteve-se alinhada, à medida que a atividade transfronteiriça se intensificou.
A pressão nos lucros
Há um problema: os incentivos aos clientes (basicamente os descontos que a Visa oferece a bancos/comerciantes para utilizarem a sua rede) aumentaram 23% ano a ano para $3,2 mil milhões, consumindo 28,1% da receita bruta. Os custos crescentes com pessoal e taxas profissionais também pressionaram as despesas operacionais (subindo 10% ano a ano). As despesas com juros dispararam 64% ano a ano para $182 milhões—taxas mais altas estão a afetar mais a sua dívida de $20,6 mil milhões.
Movimentos de Caixa e Capital
A posição de caixa mantém-se firme em $15,6 mil milhões. Mais importante, a Visa devolveu $3,9 mil milhões aos acionistas (recompras de ações + dividendos), com $8,8 mil milhões ainda autorizados para futuras recompra. O fluxo de caixa livre no terceiro trimestre atingiu $5,5 mil milhões, um aumento em relação ao ano anterior.
Olhando para o futuro
A gestão orienta um crescimento de cerca de 10% na receita líquida no quarto trimestre. Espera-se que as incentivos aos clientes para o ano completo fiquem na faixa de 26,5-27,5%, com o crescimento das despesas operacionais a moderar. O crescimento do EPS mira os dois dígitos médios para o ano fiscal de 2023.
A verdadeira história? O boom de viagens internacionais pós-COVID é dinheiro de verdade para a Visa. Aquele aumento de 22% na atividade transfronteiriça excluindo Europa mostra que o comércio internacional está normalizado. Mas fique atento aos custos com incentivos aos clientes—se isso continuar a subir, a expansão das margens ficará mais difícil.
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Visa no terceiro trimestre: Pagamentos transfronteiriços impulsionam crescimento de dois dígitos
Os Números: A Visa acabou de divulgar lucros do terceiro trimestre que fizeram os analistas engolirem as suas palavras—$2,16 por ação contra consenso de $2,11, as receitas líquidas atingiram $8,1 mil milhões (subindo 12% ano a ano), ambos superando as expectativas. As margens operacionais permanecem apertadas, mas a história do volume de pagamentos é o verdadeiro destaque.
De onde veio o potencial de crescimento
Transações processadas atingiram 54 mil milhões, esmagando a estimativa de 51,3 mil milhões. Isso representa um aumento de 10% ano a ano, basicamente indicando que mais pessoas estão a usar cartões globalmente. Mas aqui está o ponto-chave: o volume de transações internacionais cresceu 17% ano a ano (22% excluindo transferências intra-Europeias), o que significa que as viagens internacionais estão a recuperar forte e os comerciantes estão a processar muito mais transações estrangeiras.
Receitas de processamento de dados de $4,1 mil milhões superaram as estimativas em $200 milhões—o pão e manteiga da Visa. As receitas de serviços também foram sólidas, atingindo $3,7 mil milhões, um aumento de 15% ano a ano. A receita de transações internacionais ($2,9 mil milhões) manteve-se alinhada, à medida que a atividade transfronteiriça se intensificou.
A pressão nos lucros
Há um problema: os incentivos aos clientes (basicamente os descontos que a Visa oferece a bancos/comerciantes para utilizarem a sua rede) aumentaram 23% ano a ano para $3,2 mil milhões, consumindo 28,1% da receita bruta. Os custos crescentes com pessoal e taxas profissionais também pressionaram as despesas operacionais (subindo 10% ano a ano). As despesas com juros dispararam 64% ano a ano para $182 milhões—taxas mais altas estão a afetar mais a sua dívida de $20,6 mil milhões.
Movimentos de Caixa e Capital
A posição de caixa mantém-se firme em $15,6 mil milhões. Mais importante, a Visa devolveu $3,9 mil milhões aos acionistas (recompras de ações + dividendos), com $8,8 mil milhões ainda autorizados para futuras recompra. O fluxo de caixa livre no terceiro trimestre atingiu $5,5 mil milhões, um aumento em relação ao ano anterior.
Olhando para o futuro
A gestão orienta um crescimento de cerca de 10% na receita líquida no quarto trimestre. Espera-se que as incentivos aos clientes para o ano completo fiquem na faixa de 26,5-27,5%, com o crescimento das despesas operacionais a moderar. O crescimento do EPS mira os dois dígitos médios para o ano fiscal de 2023.
A verdadeira história? O boom de viagens internacionais pós-COVID é dinheiro de verdade para a Visa. Aquele aumento de 22% na atividade transfronteiriça excluindo Europa mostra que o comércio internacional está normalizado. Mas fique atento aos custos com incentivos aos clientes—se isso continuar a subir, a expansão das margens ficará mais difícil.