o pai vendia sapatos. Estudante comum, fez uma licenciatura em Ciência Política na UCLA — nada de mais.
Ele percebeu uma coisa muito cedo: a educação formal não salva ninguém, são as habilidades que contam. Por isso, trocou para um MBA, entrou na First Boston. Lá, fez uma coisa que mudaria a história do mercado financeiro: participou na criação do MBS (securitização de hipotecas).
Foi um sucesso momentâneo. Ajudou a empresa a ganhar 1 bilhão de dólares, tornando-se o mais jovem Managing Director da história. Então, em 1986. As taxas de juros oscilaram ligeiramente. Seu trading desk perdeu 100 milhões de dólares em um trimestre.
Não foi uma queda gradual, foi uma queda abrupta.
De um Deus de Wall Street, a alguém que ninguém ousa usar. A humilhação daquele momento fez com que ele aprendesse uma lição: risco não é algo que você não antecipou, é algo que você não viu.
Ele saiu de lá. Em um escritório de armazenamento na Blackstone, fundou a BlackRock. Logo depois, virou as costas para a Schwarzman, divorciando a empresa e levando-a embora. A Blackstone vendeu sua participação por 240 milhões de dólares. Se tivesse mantido, hoje valeria mais de 1000 bilhões.
Fink não se importou. Ele estava fazendo algo ainda maior: quantificar, tornar visível e gerenciar o risco de forma antecipada. Criou o Aladdin. Não um fundo, mas uma máquina que entende os riscos financeiros globais.
Em 2008, a crise financeira explodiu, o Federal Reserve ligou para ele: “Larry, quanto vale essa montanha de lixo?”
Ele respondeu: “Posso te dizer, mas vou cobrar por isso.” Depois disso, comprou na baixa a Merrill Lynch Asset Management, engoliu a iShares, consolidando de forma não intencional o mercado de ETFs.
Hoje, o Aladdin monitora 21 trilhões de dólares em riscos. Mais do que o PIB dos EUA. A BlackRock gerencia 10 trilhões de dólares em ativos, e possui quase todos os direitos de voto das empresas do S&P 500.
CEO desobediente? ESG te trava na hora. Ele não possui o mundo. O mundo apenas entregou o volante nas mãos dele. E tudo isso, vem de alguém que foi humilhado pelo risco uma vez, e decidiu — nunca mais deixar o risco humilhá-lo novamente.
Ele não conquistou o mundo. Ele apenas fez todos acreditarem: se ele cuidar, será mais seguro.
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Larry Fink nasceu nos subúrbios de Los Angeles,
o pai vendia sapatos.
Estudante comum, fez uma licenciatura em Ciência Política na UCLA — nada de mais.
Ele percebeu uma coisa muito cedo:
a educação formal não salva ninguém, são as habilidades que contam.
Por isso, trocou para um MBA, entrou na First Boston.
Lá, fez uma coisa que mudaria a história do mercado financeiro:
participou na criação do MBS (securitização de hipotecas).
Foi um sucesso momentâneo.
Ajudou a empresa a ganhar 1 bilhão de dólares,
tornando-se o mais jovem Managing Director da história.
Então, em 1986.
As taxas de juros oscilaram ligeiramente.
Seu trading desk perdeu 100 milhões de dólares em um trimestre.
Não foi uma queda gradual,
foi uma queda abrupta.
De um Deus de Wall Street,
a alguém que ninguém ousa usar.
A humilhação daquele momento fez com que ele aprendesse uma lição:
risco não é algo que você não antecipou, é algo que você não viu.
Ele saiu de lá.
Em um escritório de armazenamento na Blackstone,
fundou a BlackRock.
Logo depois, virou as costas para a Schwarzman,
divorciando a empresa e levando-a embora.
A Blackstone vendeu sua participação por 240 milhões de dólares.
Se tivesse mantido, hoje valeria mais de 1000 bilhões.
Fink não se importou.
Ele estava fazendo algo ainda maior:
quantificar, tornar visível e gerenciar o risco de forma antecipada.
Criou o Aladdin.
Não um fundo,
mas uma máquina que entende os riscos financeiros globais.
Em 2008, a crise financeira explodiu,
o Federal Reserve ligou para ele:
“Larry, quanto vale essa montanha de lixo?”
Ele respondeu:
“Posso te dizer, mas vou cobrar por isso.”
Depois disso,
comprou na baixa a Merrill Lynch Asset Management,
engoliu a iShares,
consolidando de forma não intencional o mercado de ETFs.
Hoje, o Aladdin monitora 21 trilhões de dólares em riscos.
Mais do que o PIB dos EUA.
A BlackRock gerencia 10 trilhões de dólares em ativos,
e possui quase todos os direitos de voto das empresas do S&P 500.
CEO desobediente?
ESG te trava na hora.
Ele não possui o mundo.
O mundo apenas entregou o volante nas mãos dele.
E tudo isso,
vem de alguém que foi humilhado pelo risco uma vez,
e decidiu —
nunca mais deixar o risco humilhá-lo novamente.
Ele não conquistou o mundo.
Ele apenas fez todos acreditarem:
se ele cuidar, será mais seguro.